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Suzuki Vitara 1.6 DDiS GLX 2WD

Artigo
Suzuki Vitara 1.6 DDiS GLX 2WD

Visão geral
Marca:

Suzuki

Modelo:

Vitara

Versão:

1.6 DDiS GLX 2WD

Ano lançamento:

2015

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.60 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

120/3750

Vel. máx. (km/h):

180

0-100 km/h (s):

11,5

CO2 (g/km):

106

PVP (€):

23 088/23 788

Gostámos

Motor solícito, Consumos, Prestações, Comportamento, Equipamento, Preço, Habitabilidade

A rever

Qualidade de materiais, Estética discutível, Pormenores de ergonomia

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Qualidade geral
5.0
Interior
7.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
7.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
7.0
Equipamento
8.0
Garantias
6.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Pioneiro de uma classe de veículos hoje conhecidos como SUV, o Suzuki Vitara está de regresso, agora com uma postura bem mais pragmática. Vê-lo é totalmente diferente de conduzi-lo, como bem o provou a versão 1.6 DDiS GLX 2WD durante este ensaio!

7.1
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Poucos apreciadores do fenómeno automóvel não nutrirão pelo nome Vitara um especial carinho. Num tempo em que um todo-o-terreno era suposto andar fora de estrada, e em que a maioria dos modelos do género eram grandes e caros, o pequeno Suzuki veio alterar por completo os dados da equação, entre outros factores, por conjugar uma competência dinâmica com um preço bastante mais acessível, assim se assumindo como um dos pioneiros de uma nova classe de veículos, que com o passar dos anos se tornou das mais populares do mercado.

Estávamos em 1988 e, desde então, o Vitara vendeu praticamente três milhões de unidades em todo o mundo. Porém, ao longo deste 27 anos, muito mudou no sector automóvel, em geral, e no segmento dos agora bem conhecidos SUV, em particular. Hoje, o “parecer” importa mais do que o “ser”, já que a maioria dos que optam por um veículo desta categoria está mais interessado no seu ar aventureiro do que nas suas reais capacidades para protagonizar verdadeiras aventuras – na sua esmagadora maioria, circulam a maior parte do tempo sobre o asfalto.

Não espantará, por isso, que o regresso ao mercado do Vitara, agora na sua quarta geração, seja feito através de um automóvel cujo desenvolvimento assentou em princípios bastante distintos dos que nortearam a criação dos seus antecessores. Na sua génese está a plataforma do S-Cross, que aqui deu origem a um automóvel um pouco mais alto, mais largo e mais curto, e é proposto em versões de tracção dianteira (a mais acessível, e aqui analisada) e integral (com embraiagem Haldex de controlo electrónico). Entre os dois motores de 1,6 litros disponíveis na gama, o que maior interesse terá para o mercado português é, obviamente, o Diesel.

Desta feita, a estética não é, de todo, o maior atributo do Vitara, ainda que a opcional pintura metalizada bicolor da unidade ensaiada acabe por lhe conferir uma certa graça

Desta feita, a estética não é, de todo, o maior atributo do Vitara, ainda que a opcional pintura metalizada bicolor da unidade ensaiada acabe por lhe conferir uma certa graça

Também em nítido contraste com o modelo original está a aparência exterior. Se, no início, a estética foi, inquestionavelmente, um argumento que jogou a favor do Vitara, agora dificilmente tal sucederá. As suas linhas são, no mínimo, anónimas, pouco sofisticadas, simplistas até, o que não ajudará a impor o modelo num segmento cada vez mais concorrido, e onde marcam presença propostas caracterizadas por uma inquestionável sofisticação estilística. Na unidade testada, as coisas era ligeiramente atenuadas pela pintura bicolor, que acaba por lhe conferir alguma graça, embora à custa de um dispêndio adicional de €700.

Esta espécie de desapontamento estende-se ao interior: a maior parte dos plásticos utilizados no habitáculo é pobre, o seu toque e aparência confirmam-no, e só uma apreciável qualidade de montagem garante a quase inexistência de ruídos parasitas. A ergonomia é outro ponto a rever, pois não só os comandos do computador de bordo são pouco acessíveis e intuitivos, como os botões de comando virtuais, existentes no ecrã táctil do sistema de infoentretenimento, não são os mais lógicos ou fáceis de operar, também por culpa da sua reduzida dimensão. Menos mal que os comandos no volante são bem mais convincentes, pena é que não sirvam para controlar todas as funções do sistema…

Mais do que a decoração banal, o interior desilude pela fraca qualidade dos materiais utilizados, que só uma montagem rigorosa impede se tornem fonte de ruídos parasitas. Em compensação, a habitabilidade é das mais amplas do segmento

Mais do que a decoração banal, o interior desilude pela fraca qualidade dos materiais utilizados, que só uma montagem rigorosa impede se tornem fonte de ruídos parasitas. Em compensação, a habitabilidade é das mais amplas do segmento

Poder-se-ia crer que, pelo exposto, o Vitara da nova geração poucos motivos de interesse teria para apresentar. Nada mais errado: daqui em diante, a sua apreciação é, globalmente, muito positiva, chegando mesmo a surpreender em determinadas áreas. Por exemplo, e ainda no interior, além de um posto de condução elevado (como é apanágio nesta classe de veículos) mas muito correcto, a habitabilidade é por demais convincente, uma das melhores da classe, com o espaço disponível para as pernas dos ocupantes do banco traseiro a ser uma das referências da classe. A mala oferece, também ela, uma generosa capacidade e um fácil acesso, por aqui se começando a compreender a vertente mais prática e racional deste novo Vitara, a sua boa adaptação à realidade actual.

O motor 1.6 DDiS é mais um dos factores que concorre para esta situação. De origem Fiat (é o mesmo que a marca italiana instala, por exemplo, no 500X), oferece 120 cv e 320 Nm, e o seu desempenho é caracterizado por uma grande disponibilidade na esmagadora maioria das situações, conseguindo locomover os mais de 1200 kg de peso do novo Vitara com razoável facilidade e celeridade, em boa parte graças ao binário máximo disponível logo às 1750 rpm.

O motor turbodiesel de 1.6 litros e 120 cv oriundo da Fiat é um dos bons argumentos do novo Vitara, conjugado prestações razoáveis, um elevado agrado de utilização e consumos deveras comedidos

O motor turbodiesel de 1.6 litros e 120 cv oriundo da Fiat é um dos bons argumentos do novo Vitara, conjugado prestações razoáveis, um elevado agrado de utilização e consumos deveras comedidos

A caixa de velocidades, de manuseamento fácil e suficientemente rápido (embora não sendo o mais suave), exibe um escalonamento correcto, não excessivamente longo, mas ainda assim garantindo um bom compromisso entre prestações e consumos, ajudando a que as acelerações e as retomas de velocidades sejam expeditas, e a que não seja nada complicado (ou especialmente condicionante) obter médias de consumo na casa dos 5,0 l/100 km.

Também por isso, a condução do Vitara 1.6 DDiS de duas rodas motrizes é pautada pela agilidade e pelo equilíbrio. A frente é rápida e precisa, os movimentos da carroçaria são bem controlados, a direcção mostra-se rápida e bem assistida, e o controlo de estabilidade totalmente desligável até favorece o desempenho (e o divertimento) sobre pisos de terra. Na generalidade das situações, o conforto oferecido aos passageiros é bastante apreciável, sendo estes mais perturbados por uma insonorização melhorável, que permite que o motor se faça ouvir em excesso no habitáculo a alto regime ou em situações de maior carga, do que pelos pisos degradados, já que a suspensão absorve com competência a maioria das irregularidades.

Pela sua desenvoltura, conforto oferecido e eficácia em curva, o desempenho dinâmico do novo Suzuki Vitara 1.6 DDiS de tracção dianteiro é uma agradável surpresa

Pela sua desenvoltura, conforto oferecido e eficácia em curva, o desempenho dinâmico do novo Suzuki Vitara 1.6 DDiS de tracção dianteiro é uma agradável surpresa

Aqui chegados, e apesar do reduzido impacto causado por uma aparência exterior e interior algo desmotivante, é da mais elementar justiça concluir que é forçoso conduzir o novo Vitara para bem perceber da validade deste projecto, pois é tal a sua competência, e até o prazer de condução que oferece, que quase ficam esquecidos tais handicaps. Este é um Vitara que dispensa em absoluto a componente emotiva (algo que, corrigido, só lhe poderá trazer benefícios…), apostando forte numa racionalidade que a sua postura comercial só ajuda a corroborar: nesta versão de topo GLX, o equipamento série é deveras generoso, e mesmo assim o preço ainda é concorrencial, sobretudo com as campanhas (de desconto directo e de financiamento) que a Suzuki tem em curso: €23 088, estando o modelo disponível desde cerca de 20 mil euros na variante 1.6 DDiS GL 2WD. Junte-se a isto a frugalidade do motor, e a classificação como Classe 1 nas portagens nacionais, e registe-se que o novo Vitara 1.6 DDiS é, inquestionavelmente, uma das propostas a ter em conta na sua categoria, pelo menos para quem não se limite a comprar “a olho”…

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de travagem de emergência em cidade
Assistente aos arranques em subida
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Bancos dianteiros aquecidos
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Vidros traseiros escurecidos
Rádio com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 7″+entradas USB/Aux+6 altifalantes
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+áudio)
Comandos por voz
Sistema de navegação
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Luzes diurnas por LED
Sensor de luz+chuva
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Alarme
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 17”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de pneus

Pintura metalizada bicolor (€700)

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Sobre o autor
zyrgon