Com 2014 já praticamente no passado, é chegado o momento, mais ou menos tradicional, de fazer um balanço automobilístico do que ficou para trás.
Começando pelo que está mais perto – a nossa realidade –, são de enaltecer os sinais positivos de retoma no mercado de vendas automóveis em Portugal, após dois anos que se revelaram terríveis para as marcas presentes no nosso país. Todavia, depois de o número de automóveis novos vendidos em 2012 ter atingido um mínimo assustador nos anos mais recentes, o único caminho possível seria o da melhoria, o que sucedeu de forma tímida em 2013 e com um pouco mais de vigor em 2014 (embora ainda longe dos registos de épocas mais douradas). Resta [...]
Vira o disco e toca o mesmo. Ou a oportunidade para, mais uma vez, regressar ao tema. Era inevitável…
Pois que ontem alguns orgãos de comunicação noticiavam os resultados da operação que a GNR levou a cabo até Domingo com outras congéneres europeias, visando o controlo da velocidade – de seu nome Tispol Speed. Claro que o fizeram de forma acrítica, nalguns casos errónea, e limitando-se a reproduzir os números oficiais sem os questionar, ou sequer atentar na respectiva lógica. Nada de novo, é a forma como já estamos habituados a que estes temas sejam tratados…
Para que não subsistam dúvidas, poderá sempre ser aqui lido o comunicado da própria GNR. E, mesmo [...]
Um estudo realizado pela Ford na Europa, e de que aqui demos conta há dois dias atrás, concluía que 25% dos jovens europeus já tirou uma “selfie” ao volante. Só por si, este dado já seria alarmante, mas o estudo em questão, a pecar, será apenas por defeito, já que subsistirão poucas dúvidas que o relacionamento entre os condutores e aquela que deveria ser a sua principal tarefa a bordo de um automóvel é bem mais preocupante.
Nesta época dominada pelos “smartphones”, por vezes, parece que a inteligência de boa parte dos condutores reduz-se na razão directa em que aumenta a dos aparelhos de comunicação que utilizam. Mais: não me parece que o fenómeno se limite sequer aos jovens [...]
José Miguel Trigoso fazia, neste mesmo espaço, há dois dias atrás, uma análise acerca dos mais recentes dados referentes à sinistralidade rodoviária em Portugal cuja leitura (ou releitura!) vivamente recomendo (para tal, aqui fica a ligação directa). Tomo a liberdade de citar, inclusivamente, a seguinte passagem: “Estes dados, só para citar alguns mais relevantes servem para ilustrar de forma muito clara que a análise estatística da evolução da sinistralidade não se pode fazer sem estudo aprofundado das condicionantes, pelo que lamentamos muito a forma muitas vezes precipitada como se tiram conclusões muito rápidas, normalmente erradas”.
Julgo servir a “carapuça” a muitos dos [...]