Mesmo que o seu presidente (por sinal, a mesma pessoa que, à época, enquanto titular da pasta das Obras Públicas, assinou o contrato de concessão original) insista em não o considerar como tal, o negócio estabelecido entre o consórcio Lusoponte e o Estado português é vulgarmente considerado como a primeira Parceria Público-Privada criada em Portugal. É a chamada “mãe das PPPs”, também classificada, consoante os autores e a proveniência, como “O grande aspirador financeiro”; “dos piores exemplos de concessões”; “dos piores contratos para o Estado português”; “negócio ruinoso para o Estado português”. A sua primordial razão de existir, o que terá motivado a sua criação (a ponte que [...]
Vira o disco e toca o mesmo. Ou a oportunidade para, mais uma vez, regressar ao tema. Era inevitável…
Pois que ontem alguns orgãos de comunicação noticiavam os resultados da operação que a GNR levou a cabo até Domingo com outras congéneres europeias, visando o controlo da velocidade – de seu nome Tispol Speed. Claro que o fizeram de forma acrítica, nalguns casos errónea, e limitando-se a reproduzir os números oficiais sem os questionar, ou sequer atentar na respectiva lógica. Nada de novo, é a forma como já estamos habituados a que estes temas sejam tratados…
Para que não subsistam dúvidas, poderá sempre ser aqui lido o comunicado da própria GNR. E, mesmo [...]
Um estudo realizado pela Ford na Europa, e de que aqui demos conta há dois dias atrás, concluía que 25% dos jovens europeus já tirou uma “selfie” ao volante. Só por si, este dado já seria alarmante, mas o estudo em questão, a pecar, será apenas por defeito, já que subsistirão poucas dúvidas que o relacionamento entre os condutores e aquela que deveria ser a sua principal tarefa a bordo de um automóvel é bem mais preocupante.
Nesta época dominada pelos “smartphones”, por vezes, parece que a inteligência de boa parte dos condutores reduz-se na razão directa em que aumenta a dos aparelhos de comunicação que utilizam. Mais: não me parece que o fenómeno se limite sequer aos jovens [...]
José Miguel Trigoso fazia, neste mesmo espaço, há dois dias atrás, uma análise acerca dos mais recentes dados referentes à sinistralidade rodoviária em Portugal cuja leitura (ou releitura!) vivamente recomendo (para tal, aqui fica a ligação directa). Tomo a liberdade de citar, inclusivamente, a seguinte passagem: “Estes dados, só para citar alguns mais relevantes servem para ilustrar de forma muito clara que a análise estatística da evolução da sinistralidade não se pode fazer sem estudo aprofundado das condicionantes, pelo que lamentamos muito a forma muitas vezes precipitada como se tiram conclusões muito rápidas, normalmente erradas”.
Julgo servir a “carapuça” a muitos dos [...]