De repente, em tudo o que é feira internacional de automóveis e de inovações, como tema de seminários e conferências, temos o veículo autónomo apresentado como o futuro provável e incontornável da mobilidade automóvel.
A tal propósito, relembrei um texto do final do século XIX, sobre a mobilidade urbana de Londres, na época Vitoriana, com os transportes públicos em franco desenvolvimento e baseados em carruagens puxadas por solípedes. Com o surgimento dos veículos com motor a combustão, logo surgiram autores a vaticinarem o fim dos transportes puxados por cavalos e, fazendo previsão, que empregos ficariam em causa com esta nova realidade, desde logo os cocheiros, claro, mas [...]
Intensificam-se os movimentos rodoviários nesta altura do ano. Uma parte considerável dos portugueses continua a passar os merecidos momentos de lazer, ganhos após um ano de trabalho, junto da costa portuguesa com especial incidência na parte sul do país.
Aqui e ali levam-se ao terreno as campanhas de sensibilização e os conselhos de muitos anos, reiteram-se as boas práticas, clama-se pela condução defensiva, pede-se serenidade, a condução dentro dos limites, a observância das mais elementares regras e sinalização de trânsito. A tese de que a boa convivência na estrada passa pelo respeito mútuo, pela condução cuidadosa e pela responsabilidade é trazida à luz mais uma [...]
O breve apontamento que proponho, tem por ponto de partida uma campanha de sensibilização, recente, trazida pela Associação Salvador, cujo objetivo é chamar a atenção aos condutores que deixam os veículos em cima do passeio dificultando a passagem de cegos e de pessoas com mobilidade reduzida que fazem uso das cadeiras de rodas.
A campanha desenvolve-se numa perspetiva positiva. Começa por uma pessoa deixar um pequeno papel no pára-brisas do carro mal estacionado onde está escrito: “ bati no seu carro, este é o meu contacto…”.
O condutor estabelece o contacto e surge uma pessoa em cadeiras de rodas, demonstrando que pelo facto do passeio estar ocupado não conseguia [...]
Temos por certo que a invenção do automóvel foi fulcral no desenvolvimento das sociedades modernas. Na sua génese nada faria prever que se tornasse em causa de tantas mortes pelo mundo.
As políticas de segurança rodoviária desenhadas pelas organizações, quer ao nível mundial quer ao nível de cada país, são a face visível das preocupações de todos os Estados, quando o tema é a sinistralidade rodoviária. Portugal, seguindo afinal a tendência europeia, sofreu um ligeiro revés nos indicadores obtidos no ano passado. Tivemos mais acidentes registados e mais vítimas.
De novo postas as mãos à obra, estará para breve a construção de nova Estratégia de Segurança Rodoviária que [...]