No princípio, as motos para o comum mortal tinham um cilindro, se tivessem 2 cilindros (paralelos – motos inglesas; opostos Boxer – BMW; ou em V – “Made in USA”) já eram máquinas de outro mundo e, francamente, mais que suficiente. Ali no meio apareceu a Henderson com um motor de 4 cilindros em linha que estava bem à frente do seu tempo e, como tal, teve vida curta. Isto para dizer o quê? Que os motores de quatro cilindros em linha, tão populares nos dias de hoje, só pegaram a sério com a introdução da Honda CB750, em 1969 e de todas as outras japonesas que se seguiram.
Num artigo anterior tive oportunidade de abordar um tema que me interessa particularmente dentro [...]
Um dos argumentos várias vezes referidos em favor dos veículos eléctricos é que são limpos, quer em termos de poluentes locais (monóxido de carbono, hidrocarbonetos não queimados, óxidos de enxofre e partículas), quer em termos de CO2. Dado que a electricidade usada para mover o veículo (bem como a gasolina e gasóleo) não é produzida localmente, para correctamente avaliar o impacto de cada tecnologia é necessário fazer o que chama de análise de ciclo de vida, onde todo o processo de extracção de matérias primas, processamento, transporte e armazenamento é contabilizado.
Não é objectivo deste artigo entrar em detalhes sobre este processo de cálculo, pelo que vou recorrer a [...]
Se a recente prestação da Nissan nas 24 horas de Le Mans não terá sido a mais convincente, tal como devidamente analisada pelo Domingos Piedade na sua última crónica, tal não nos deve levar a crer que os automóveis de competição de tracção dianteira são um caso perdido.
Na realidade, muito antes da tracção dianteira ser comum em carros de estrada, esta já havia sido testada na competição nos anos 20 e 30 com os Alvis 12/50 e 12/75 ou o Miller 122 que correu na Indianápolis 500 de 1925.
Alvis 12/75 de 1928 Miller 122 de 1925Pode argumentar-se que não foram particularmente bem-sucedidos, até porque a experiência não voltou a ser repetida, [...]
Se um aspecto positivo surgiu com toda esta situação de obrigatoriedade de disponibilização de combustíveis simples nos postos ditos de marca foi a quantidade de informação divulgada nos meios de comunicação, muita dela por pessoas que percebem do assunto. E parece-me útil agora que passaram algumas semanas tentar fazer um resumo de como vejo esta situação. Primeiro algumas considerações:
Existe em Portugal legislação (Decreto-Lei n.º 142/2010. D.R. n.º 253, Série I de 2010-12-31) que determina as propriedades físico-químicas que qualquer combustível tem de respeitar para poder ser comercializado. Nas tabelas constantes na legislação para cada propriedade não são definidos [...]