Conduzir é desempenhar um conjunto de tarefas, de forma contínua e coordenada, que podemos desagragar em 4 etapas:
Observar o ambiente que nos rodeia, e que está sempre em movimento – as características da via onde circulamos e as suas condicionantes (sinalização, tipo e estado do piso, o seu traçado, as condições e distâncias de visibilidade, etc.), as acções dos outros utentes que partilham a via (condutores de diferentes tipos de veículos e peões), as velocidades de circulação dos diversos condutores e a eventual intenção de mudança de direcção, etc. Analisar o que observámos e prever o que vai acontecer no futuro imediato, tendo em conta essa análise. Decidir quais as acções [...]Hoje vamos reflectir sobre a sinistralidade rodoviária das crianças até aos 14 anos de idade.
Porquê? Porque, ao contrário de muitos outros grupos, a evolução da sinistralidade rodoviária nesta faixa etária tem sido consistentemente positiva.
Senão vejamos: na contagem de mortos a 24 horas, em 1995 morreram 108 crianças até aos 14 anos de idade. Em 2013, apenas morreram 6 !!! E desde que temos estatísticas de mortos contados a 30 dias após a data do acidente, morreram 18 crianças em 2010 e 11 em 2013. No último ano relativo ao qual temos dados finais das vítimas a 30 dias, constatamos que morreram 7 crianças atropeladas, 2 crianças enquanto passageiras de veículos [...]
No último ano, 55% das pessoas que, em Portugal, morreram em acidentes de viação, foram vítimas de acidentes verificados dentro das localidades. Esta é uma situação que decorre de diversos factores, sendo o mais determinante a velocidade aí praticada, como se confirmou na observação das velocidades praticadas nos diversos tipos de estrada, em Portugal.
Na verdade, quer no atravessamento de localidades por estradas nacionais, como na circulação nos arruamentos dentro das localidades, se verifica a prática continuada de velocidades não compatíveis com a segurança dos diversos tipos de utentes que lá circulam, constatando-se que, em média os excessos são em maior número e mais [...]
Em média, em cada momento, cerca de 73% dos automóveis ligeiros em circulação são conduzidos por homens. Por outro lado, como passageiros, os homens representam apenas cerca de 37% dos passageiros adultos em automóvel ligeiro. Mas os homens representam 90% dos condutores mortos e 56% dos passageiros mortos no mesmo tipo de veículos.
Analisando alguns dos comportamentos que sabemos influenciam de forma importante o nível de sinistralidade, vejamos quais os que jogam em desfavor e em favor do condutor homem: 1) álcool – em média 2,2% dos homens estão a conduzir com TAS ilegal, sendo mesmo que 0,5% o faz com TAS superior a 1,2g/l, o que configura crime. Nas mulheres, em média [...]