Há mais de sete décadas que se vive em Paz no mundo ocidental. Este longo período de estabilidade politica e social permitiu um desenvolvimento económico, social e cultural em todas as sociedades ocidentais, talvez apenas com paralelo na Revolução Agrícola ou Neolítica.
Para além desta estabilidade duradoura, a economia no mundo ocidental beneficiou durante este período, e até ao início deste século, de alavancas determinantes como a reconstrução pós-guerra, o baby-boom, as crises petrolíferas, a queda do Muro, a estabilização politica de grandes e populosas regiões do globo como a China, a Indonésia e a Índia, a livre ou facilitada movimentação de pessoas – aprofundando-se a [...]
Para hoje tinha em mente falar-vos sobre alguns grandes temas nacionais (corrupção e afins) e até mais globais (a reeleição prometida de Trump) e, como sempre tento, apontar caminhos e soluções. Na verdade, deveria estar influenciado com esta onda de grandes acontecimentos e eventos ocorridos nas últimas horas, como a nomeação do Guterres para a secretaria-geral da ONU (a ver se não desiste), a quarta bola de ouro do Ronaldo ou, finalmente, com o salto de nível no PISA pelos nossos extraordinários jovens.
Escrevo-vos já a noite é madura, sentado na minha secretária que fica num canto da sala que, apesar de ter uma generosa área, não evita o contacto visual com o televisor. [...]
Repete-se todos os verões: um pouco mais de calor, e grelhamos as florestas. Nesta época do ano, repete-se o habitual: interrogamo-nos sobre a origem de tantos eventos, a sua concentração, a suficiência e eficiência dos meios e a coordenação dos mesmos, e muito sobre a sua prevenção.
Vários livros brancos depois, patrocinados e encomendados sobre o tema pelos diversos governos, sobretudo depois do desgraçado Verão de 2003, e, de vez em quando… um novo apocalipse recai sobre as nossas florestas. É verdade que muito se tem feito, quer na prevenção, quer no combate às chamas. Mas está provado, e mais uma vez comprovado, que não chega.
Há questões estruturais e [...]
Há uns dias, aqui neste mesmo espaço, Ricardo Portal dava-nos nota dos investimentos de marcas de automóveis de primeira linha no desenvolvimento de novos e sofisticados sistemas, designadamente de piloto-automático e das tendências defendidas pelos visionários do sector sobre os automóveis do futuro: os veículos autónomos. Os principais objetivos pretendidos por aqueles construtores, resumindo, são dois: “que o tempo despendido na condução seja utilizado para outra tarefa mais produtiva e para que a ocorrência de sinistros seja substancialmente reduzida”. E terminava, estimando que “em 2040, 75% dos veículos serão completamente autónomos”.
Confesso que, sem justificação [...]