A época do desporto automóvel começa quando a F1 começa. Parece estranho, mas não é. Faz lembrar a época dos salões automóvel: o primeiro é o de Detroit, mas, na realidade, o sector automóvel escolhe Genebra todos os anos para a rentrée. São hábitos, por assim dizer.
Nas corridas, há todos os anos as 24 horas de Daytona para abrirmos o ano, mas, apesar de, ultimamente, os portugueses dedicarem um pouco mais de atenção a esta, prova porque há pilotos nacionais envolvidos na luta pelos lugares da frente, na verdade, só quando se vai para Down Under é que os adeptos reparam na imprensa da especialidade. Agora, neste fim de semana, chegou a hora da partida.
Certo, temos [...]
No princípio, as motos para o comum mortal tinham um cilindro, se tivessem 2 cilindros (paralelos – motos inglesas; opostos Boxer – BMW; ou em V – “Made in USA”) já eram máquinas de outro mundo e, francamente, mais que suficiente. Ali no meio apareceu a Henderson com um motor de 4 cilindros em linha que estava bem à frente do seu tempo e, como tal, teve vida curta. Isto para dizer o quê? Que os motores de quatro cilindros em linha, tão populares nos dias de hoje, só pegaram a sério com a introdução da Honda CB750, em 1969 e de todas as outras japonesas que se seguiram.
Num artigo anterior tive oportunidade de abordar um tema que me interessa particularmente dentro [...]
Ontem, (quando escrevi este texto) celebrou-se o Dia Internacional da Mulher. Ontem, enquanto rascunhava e deitava sucessivamente para o lixo os vários inícios desta pequena crónica, várias mulheres discursavam no Parlamento nacional a propósito das celebrações daquela efeméride.
Não irei designar essas intervenções como de “saloiada” ou de “natural” neste dia. Primeiro, porque a maioria das intervenientes não me merecem esse epíteto; depois, porque não tive a oportunidade de escutar os respetivos conteúdos (trabalho na “privada”); e, finalmente, porque o “natural” é nestas circunstâncias esmagado pela armadilha da “artificialidade”.
Na minha opinião, este [...]
Um dos argumentos várias vezes referidos em favor dos veículos eléctricos é que são limpos, quer em termos de poluentes locais (monóxido de carbono, hidrocarbonetos não queimados, óxidos de enxofre e partículas), quer em termos de CO2. Dado que a electricidade usada para mover o veículo (bem como a gasolina e gasóleo) não é produzida localmente, para correctamente avaliar o impacto de cada tecnologia é necessário fazer o que chama de análise de ciclo de vida, onde todo o processo de extracção de matérias primas, processamento, transporte e armazenamento é contabilizado.
Não é objectivo deste artigo entrar em detalhes sobre este processo de cálculo, pelo que vou recorrer a [...]