Tesla prestes a garantir nova fábrica na China
A Tesla reafirmou estar em conversações com as autoridades de Shangai, com vista à abertura de uma nova fábrica na região. E se o objectivo é que uma solução possa ser encontrada até final do ano, rumores há, como refere o The Wall Street Journal, que apontam para que um acordo tenha sido já alcançado, até para que a sua formalização pudesse coincidir com a visita que Donald Trump fará à China no próximo mês de Novembro, algo que a marca californiana se recusa a comentar.
A notícia é avançada pela agência Reuters, que lembra os principais factores que estarão à mesa as negociações. O primeiro, a taxa de 25% incidente sobre os produtos importados na China, que acaba por condicionar os planos de expansão da Tesla no maior mercado do mundo. Em segundo, a proibição de os construtores estrangeiros deterem na totalidade uma fábrica de automóveis no país – o que coloca óbvios problemas de independência e propriedade intelectual à marca de Palo Alto. Não menos importante, o facto de o governo chinês estar a ponderar abrir uma excepção a esta última regra em três zonas francas, e quando em causa estiver o fabrico de modelos eléctricos ou híbridos, para ajudar a implementar os automóveis “limpos” no país – algo que, a confirmar-se, permitiria solucionar todas os principais problemas desta negociação.
A par de tudo isto, importa lembrar que Shangai é não só uma das três regiões chinesas que acolhem as referidas zonas francas, como a capital do automóvel da China, e um dos principais mercados para os modelos de luxo de todo o tipo. E que a chinesa Tencent Holdings é detentora de uma participação de 5% na Testa, sendo, por isso, vista como um potencial aliado da marca nos seus esforços para se estabelecer no país. Inequívoco é que o próprio CEO da Tesla, Elon Musk, já reconheceu que a Tesla necessita de implementar novos centros de produção de veículos e de baterias na Europa e na Ásia; e que a sua única fábrica actual de Freemont não consegue dar resposta às necessidades da marca, estando a produzir cerca de seis vezes menos do que o inicialmente previsto.