Toyota aposta em carro voador para as Olimpíadas de 2020
Denominado Cartivator, um grupo de cerca de 20 jovens engenheiros japoneses, oriundos do sector automóvel, da indústria aeroespacial e de uma startup, desde 2012 que tem dedicado parte significativa dos seus tempos libres ao desenvolvimento de um automóvel voador: o SkyDrive. Até aqui, o apoio da Toyota ao projecto tem-se limitado à cedência das instalações de uma antiga escola primária, pelo que o respectivo financiamento tem sido assegurado, essencialmente, por crowfunding.
Agora, a marca nipónica mudou de ideias, contribuindo com 42,5 milhões de ienes (cerca de 340 mil euros) para que o projecto possa, de facto, descolar. Como declarou Takeshi Uchiyamada, resposnável pela Toyota, ao Nikkei Asian Review, “As coisas não progridem se nos limitarmos a esperar e a disponibilizar fundos apenas quando a tecnologia estiver pronta”.
Para já, o Cartivator apenas tem pronto um modelo à escala 1/5, já em fase de testes, mas tem por objectivo mostrar o formato final do veículo, em tamanho real, já no próximo Verão. O SkyDrive prevê sentar um único ocupante numa canópia em formato de bolha, com as laterais abertas, rotores nos quatro cantos do veículo (que asseguram o voo) e uma configuração de três rodas (duas na traseira, e uma central na frente) para circulação no solo, sendo o comprimento do de 2,9 metros, a largura de 1,3 metros e a altura de 1,1 metros.
Em termos de performance, o objetivo é que o SkyDrive possa voar a uma velocidade máxima de 100 km/h a 10 metros do solo, e circular sobre o asfalto até aos 150 km/h. Em Julho de 2018, o Cartivator pretende ter pronta uma versão apta a operar em voo pilotado remotamente, e no final do próximo ano colocar no ar uma versão já com o piloto a bordo. Isto porque a sua principal meta é mesmo que o SkyDrive seja utilizado para o acender da Chama Olímpica dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020.