Toyota Auris Hatchback 1.2T Comfort+Pack Sport+Navi
Toyota
Auris
Hatchback 1.2T Comfort+Pack Sport+Navi
2015
Familiares compactos
5
1.2
116/5200-5600
195
10,1
122
24 515/24 965
Motor refinado e competente, Consumos, Facilidade e agrado de condução, Competência dinâmica, Qualidade de construção, Equilíbrio global
Caixa demasiado longa, Reprises
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 195 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 10,5 |
0-400 m | 17,4 |
0-1000 m | 31,7 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 4ª | 9,7 |
Em 5ª | 12,9 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 5ª | 13,3 |
Em 6ª | 18,4 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 35,6 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,8 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 6,2 |
Cidade | 7,8 |
Média ponderada (*) | 6,88 |
Autonomia média ponderada (km) | 727 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1410 |
Largura atrás | 1410 |
Comprimento à frente | 1120 |
Comprimento atrás | 710 |
Altura à frente | 970 |
Altura atrás | 910 |
Sem lançar um modelo completamente novo, a Toyota operou uma renovação profunda na gama Auris, ainda que visualmente somente tenham sido introduzidas pequenas actualizações, nomeadamente na secção dianteira, mas sem que o compacto japonês veja por demais alterada a sua aparência exterior.
Já no habitáculo, há a registar algumas alterações de maior monta, mesmo que, no essencial, este mantenha o essencial dos seus dotes, já bem conhecidos – a habitabilidade continua a ser correcta para a classe, e mesmo atrás os lugares são amplos, mais condicionados em altura do que em espaço para pernas, ao passo que a bagageira também oferece uma capacidade digna desta classe (360 litros). Ourro trunfo do interior é, sem recorrer a grande arrojo estilístico ou decorativo, oferecer um ambiente muito acolhedor, fruto da correcta colocação da maioria dos comandos e instrumentos, do seu fácil acesso e leitura; e de um rigor construtivo melhorado, capaz de garantir que, não obstante a combinação de novos materiais de superior qualidade com outros menos nobres, a robustez global é muito boa, traduzida na quase inexistência de ruídos parasitas.
Ainda neste particular domínio, menção para o primoroso trabalho levado a cabo em termos de insonorização (proporcionalmente, superior mesmo à exibida pelo Avensis), que faz com que sejam pouco, ou nada, intrusivos tanto o trabalhar do motor (o que também se fica a dever à própria unidade motriz, como adiante se explanará), como os ruídos de rolamento e aerodinâmicos. Uma palavra para a mais recente geração do sistema de infoentretenimento Touch 2, completo e fácil de explorar e utilizar atravé de um ecrã táctil que, contido, merecia ver melhorada a respectiva sensibilidade e a dimensão de alguns ícones de activação de funções.
Determinante no renovado Auris é o inédito motor 1.2 turbo que anima a versão aqui em análise, uma das grandes novidades da gama. Com quatro cilindros, injecção directa de gasolina, turbocompressor e distribuição variável, oferece 116 cv de potência e um binário máximo de 185 Nm, constante entre as 1500 rpm e as 4000 rpm, mas, mais do que pelos números, esta unidade surpreende (e como!) pelo seu funcionamento extremamente suave e silencioso (mas se fazendo notar a baixo e médio regime), pelo desempenho refinado, pela excelente disponibilidade e pela notável facilidade em subir de regime.
Claro que, perante este rendimento, não seria de esperar que o Auris 1.2T fosse, propriamente, um sprinter, mas as prestações que oferece até são aceitáveis, apesar das recuperações modestas, muito por culpa de uma caixa manual de seis velocidades de comando muito suave e preciso, mas dotada de um escalonamento excessivamente longo, sobretudo das suas três últimas relações, e em particular da última. O reverso desta situação são os consumos, quase ao nível dos de um 1.6 Diesel, pelo que, para os condutores mais dinâmicos, não restará se não recorrer com maior frequência à caixa para tirar todo o partido desta unidade motriz, o que chega a ser divertido, se não pelos registos cronográficos obtidos, pelo menos pela solicitude e progressividade que o pequeno 1.2 manifesta em qualquer circunstância,
Bem sentado ao volante, ainda que a posição de condução seja um pouco elevada, o condutor do Auris 1.2T confere, logo nos primeiros quilómetros, as primeiras impressões registada num primeiro momento. Também aqui, o equilíbrio é a nota dominante, com as sofisticadas e bem afinadas suspensões (com duplos triângulos atrás nesta versão) a garantirem um apreciável compromisso entre eficácia e conforto, mesmo quando a qualidade do piso se deteriora. O que faz deste um modelo cómodo e muito fácil de conduzir, mesmo que não especialmente envolvente, pautado pelas suas reacções honestas e sempre previsíveis – podendo sempre os mais afoitos tirar partido de um ESP desligável em duas fases (só possível de desligar completamente estando o veículo imobilizado) para retirar mais alguma emoção da condução.
Este é, pois, um caso típico de “quem vê caras não vê corações”. Apesar não parecer ter mudado muito, o renovado Auris evoluiu em capítulos determinantes, e revela-se uma proposta de um extraordinário equilíbrio, competente em todos os domínios e, lá está, com um extraordinário coração – o seu excelente motor 1.2 turbo. A par dos frugais consumos, o modelo aposta ainda num posicionamento comercial bastante competitivo, com a versão em apreço, uma das mais equipadas da família, a custar €24 515, mas com a que proporciona o acesso à gama a exigir o desembolso de uns muito interessantes €22 750, já acompanhados de um razoável equipamento de série.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1197 |
Diâmetro x curso (mm) | 71,5×74,5 |
Taxa de compressão | 10,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 116/5200-5600 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 185/1500-4000 |
Alimentação | injecção directa de gasolina |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4330/1760/1475 |
Distância entre eixos (mm) | 2600 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1535/1525 |
Jantes – pneus | 7Jx17″ – 225/45 (Continental ContiSportContact5) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1425 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 12,28 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 360/50 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 10,8 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (277) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (270) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Independente, com triângulos sobrepostos |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 5 anos ou 160 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 20 000 km |
Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subida
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Bancos dianteiros com sistema de protecção da coluna cervical (WIL)
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Sistema multimédia com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 7″+entradas USB/Aux+6 altifalantes
Mãos-livres Bluetooh
Direcção com assistência eléctrica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Cruise-control+limitador de velocidade
Câmara de estacionamento traseira
Faróis de nevoeiro
Luzes diurnas LED
Sistema follow-me-home
Jantes de liga leve de 17”
Pintura metalizada (€410)