Toyota Auris Touring Sports 1.8 HSD Exclusive
Toyota
Auris Touring Sports
1.8 HSD Exclusive
2013
Familiares compactos
5
Dianteira
1.8 Híbrido
136/4800
175
11,2
92
29 035/30 870
Consumos, Facilidade de condução, Ruído... a velocidades moderadas
Comportamento dinâmico, Ambiente interior datado, Ruído... em aceleração forte
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 175 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 11,1 |
0-400 m | 17,7 |
0-1000 m | – |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 6,3 |
Em 4ª | – |
Em 5ª | – |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 8,5 |
Em 5ª | – |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 36,5 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 3,7 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 4,5 |
Cidade | 4,7 |
Média ponderada (*) | 4,46 |
Autonomia média ponderada (km) | 1009 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1390 |
Largura atrás | 1370 |
Comprimento à frente | 1120 |
Comprimento atrás | 710 |
Altura à frente | 1000 |
Altura atrás | 930 |
O nome Corolla é marcante no segmento dos pequenos familiares, estando associado a uma imagem de robustez e fiabilidade. Ainda assim, em 2007, a Toyota decidiu deixá-lo, na Europa, apenas ligado à carroçaria de quatro portas, altura em que o hatchback adoptou a designação Auris. Foi também nessa altura que a gama deixou de ter a configuração carrinha, que tanta importância tem no Velho Continente. Ciente desse facto, a marca nipónica emenda a mão nesta segunda geração Auris, apostando forte na carroçaria carrinha, a que o departamento de marketing deu o nome de Touring Sports, tentando apelar a uma clientela mais jovem e dinâmica, afastando-se daquela imagem de que os Toyota são automóveis para pessoas mais velhas.
Tão importante como ter uma carrinha no segmento C, é conseguir associá-la a um motor Diesel de baixa cilindrada. A Toyota tem a versão 1.4 D4-D com 90 cv, que já tivemos oportunidade de ensaiar, mas o problema é que a parca potência não é capaz de acompanhar a concorrência, que já oferece valores acima dos 130 cv. No caso do seu monovolume médio, Verso, a solução passou pela adopção do motor 1.6 Diesel da BMW, com 112 cv. Na gama Auris, a concorrência é desafiada com esta versão híbrida, 1.8 HSD. Com 136 cv de potência combinada, fica a par dos mais potentes Diesel de baixa cilindrada, prometendo consumos ainda melhores.
Na prática, as prestações ficam abaixo destes, principalmente nas recuperações e a velocidades mais altas, onde o conjunto híbrido sente algumas dificuldades. Em cidade,utilizando o modo que dá primazia à potência, o Auris 1.8 Touring Sports 1.8 HSD é bastante despachado, fruto da imediata disponibilidade de binário do motor eléctrico, contrariando aquilo que acontece com a maioria dos pequenos motores Diesel, algo preguiçosos nos regimes baixos. No modo Eco a diferença é menos notória, até porque o acelerador fica algo inerte. O sistema híbrido continua ainda a levar vantagem sobre estes em questões como a suavidade e silêncio a bordo, dada a ausência de vibrações e ruídos desagradáveis. Ainda assim, neste último capítulo, a questão nem sempre é assim tão linear, dado que a Toyota ainda não conseguiu eliminar o elevado ruído emitido pelo motor de combustão sempre que pressionamos o pedal direito com vigor, havendo sempre aquele som de motor em esforço. Isto é ainda mais evidente quando queremos andar um pouco mais depressa em auto-estrada, ou fazer uma qualquer ultrapassagem. Nestas situações, os consumos deixam de ser notáveis, ao contrário do que acontece numa condução calma, em circuito urbano e com o modo Eco seleccionado, onde os 4,7 l/100 km por nós medidos podem ser considerados brilhantes. Aliás, com uma condução especialmente cuidada, aproveitando bem os dois quilómetros de autonomia em modo eléctrico até aos 50 km/h, podemos mesmo alcançar valores ainda melhores. Num Diesel, é impossível algo deste género.
Em estrada, os consumos são também eles muito bons, perfeitamente ao nível de qualquer motor Diesel, desde que não se exceda os limites de velocidade. A partir daí, a situação reverte-se, até porque o conjunto híbrido tem alguma dificuldade em acompanhar o ritmo dos Diesel com a mesma ordem de potência. Muito esforço, imenso ruido e uma enorme redução na eficiência. Mesmo no capítulo dinâmico, o Auris Touring Sports não convida a uma condução rápida, pois o chassis deixa um pouco a desejar, sendo pouco eficaz e preciso, resultado no qual uma direcção algo vaga tem muita influência. O controlo de estabilidade não dá para desligar, mas também duvidamos que o comprador de um Auris híbrido alguma vez fosse usar tal recurso. É fácil perceber que o enfoque está todo no bem-estar dos ocupantes, já que o notório adornar da carroçaria é compensado por um nível de conforto bastante elevado, ainda ajudado pelo silêncio quando rodamos a ritmos calmos.
O espaço traseiro convence em largura e comprimento, mas nem por isso em altura, consequência da linha descendente do tejadilho. Sacrífico do espaço em detrimento do estilo. O espaço disponível na bagageira também se fica apenas pelo satisfatório, já que os 530 litros de capacidade ficam aquém das referências do segmento, que já ultrapassam os 600 litros. Para além disso, a chapeleira é bastante básica, não possuindo o sistema de recolha com um toque, algo comum no segmento. Nota positiva para os quatros compartimentos colocados sob o piso da bageira, que dão sempre jeito. Ainda no habitáculo, note-se a imensa evolução face à primeira geração do Auris, principalmente ao nível da qualidade dos materiais. Agora, encontramos muitas zonas com um revestimento mole, agradável ao tacto, pilares A forrados a tecido e a faixa central do tablier revestida a pele, que oferece um toque de requinte. Mantendo a tradição Toyota, o relógio digital, como aqueles que usávamos nos anos 80, continua a marcar presença no centro do tablier.
A evolução nota-se também na posição de condução, que deixou de estar num plano demasiado elevado. Só não é perfeita porque a coluna de direcção tem uma amplitude reduzida na regulação em profundidade, que nem deixa tirar proveito da excelente pega do volante.
Nesta versão Exclusive, o Auris Touring Sports HSD oferece uma lista de equipamento de série bastante recheada, ao qual ainda temos de juntar a presença da “caixa de velocidades automática”, o que torna o valor perfeitamente ajustado. No final, não se pode dizer que a solução seja totalmente vantajosa face aos comuns motores Diesel, mas poderá ser a opção indicada para todos aqueles que conduzem de forma pacata e dão valor à facilidade e suavidade na condução.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1798 |
Diâmetro x curso (mm) | 80,5×88,3 |
Taxa de compressão | 13,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 100/5200 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 142/4000 |
Motor eléctrico | |
Tipo | Motor síncrono de magneto permanente |
Potência máxima (cv/rpm) | 82/n.d. |
Binário máximo (Nm/rpm) | 207/0 |
Bateria | Ni-MH |
Rendimento combinado | |
Potência máxima combinada (cv/rpm) | 136/4800 |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4560/1760/1460 |
Distância entre eixos (mm) | 2,60 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1535/1535 |
Jantes – pneus | 7Jx17″ – 225/45 (Dunlop SP Sport FastResponse) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1540 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 11,32 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 530/45 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | Trem epicicloidal (e-cvt)+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência electrohidráulica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,4 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Triângulos sobrepostos |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 5 anos ou 160 000 km |
Garantia de pintura | 2 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km, com mudança de óleo a cada 15 000 km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para o joelho do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático com regulação independente
Computador de bordo
Bancos dianteiros com regulação em altura
Sistema de ajuda ao estacionamento “Park Assist” (inclui sensores de
estacionamento frontais e traseiros)
Banco rebatível 50/50
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Toyota Touch: Ecrã táctil 6.1″, Controlo iPod e MP3, Bluetooth®, câmara auxiliar ao estacionamento, seis colunas
Apoio de braços à frente
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatimento eléctrico
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 17″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Sistema Smart Entry & Start (condutor, passageiro & bagageira)
Caixa de primeiros socorros
Sensor de chuva e luz
Consola central, apoio de braços e painel de instrumentos com acabamento
em pele
Pintura metalizada (€410)
Toyota Touch & Go (€765)
Tecto Panorâmico (€660)