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Vendas de eléctricos e híbridos plug-in crescem 60% em 2016

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Vendas de eléctricos e híbridos plug-in crescem 60% em 2016

Os automóveis passíveis de ligar à corrente (isto é: os totalmente eléctricos e os híbridos plug-in, ou PHEV), tem vindo a trilhar o seu caminho no mercado e, segundo o mais recente relatório dedicado ao tema da Agência Internacional de Energia (AIE), relativo a 2016, circularão já nas estradas de todo o mundo praticamente dois milhões de veículos deste género. Valor que assume ainda mais importância quando se tem em conta que, no início da década, a sua expressão era praticamente desprezível, e que as vendas deste tipo de proposta aumentaram cerca de 60% no ano passado, face a 2015 – mesmo que ainda não representem mais do que apenas 0,2% do mercado de automóveis ligeiros a nível mundial.

O que não espantará é que a aceitação dos eléctricos e dos PHEV esteja limitada a um conjunto muito reduzido de países, com 95% das vendas a concentrarem-se em apenas uma dezena de mercados: China, EUA, Canadá, Noruega, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda e Suécia. No seu relatório, a AIE destaca, ainda, que este crescimento acelerado dependeu, fundamentalmente, das políticas ambientais (leia-se: incentivos…) adoptadas por cada Estado, pelo que, em 2016, a China foi, por larga margem, o maior mercado de “electrificados” do planeta, em termos absolutos, assegurando mais de 40% das vendas, embora tenha sido na Noruega que estes assumiram maior implementação, com uma quota de mercado de 29%, enquanto que nos EUA as suas vendas praticamente duplicaram.

A divulgação deste relatório foi aproveitada, igualmente, para apresentar, ao abrigo do programa Electric Vehicle Initiative (coordenado pela própria AIE e composto por diversos Estados do mundo, uma nova campanha multigovernamental, subscrita pela China, Noruega, Suécia, França, Finlândia, Holanda, Japão, México, Índia e Canadá, e denominada 30@30. O objectivo é alcançar, no conjunto destes territórios, uma quota de mercado de 30% em 2030 para automóveis, comerciais ligeiros, autocarros e camiões eléctricos e PHEV. Isto depois de a Índia, há cerca de um mês, ter já anunciado a sua intenção de que no país apenas fossem vendidos automóveis eléctricos a partir do final da próxima década.

De sublinhar que, por forma a garantir que o aquecimento global possa ficar abaixo dos 2°C, como estabelecido pelos acordos de Paris, a AIE estima que o mundo precisará de 600 milhões de veículos eléctricos em 2040. Havendo quem defenda que, caso a moda pegue, esse possam registar vendas de 450 milhões de exemplares em 2035.

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zyrgon