Volkswagen campeã com pódio completo na Austrália
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Um. Dois. Três. Sébastien Ogier. Jari-Matti Latvala. Andreas Mikkelsen. Por esta ordem, primeiro, segundo e terceiro classificados. Domínio total da Volkswagen no Rali da Austrália que valeu ao construtor alemão a conquista de mais um título de marcas. Não havia melhor forma de alcançar tamanho feito. O líder do campeonato, por sua vez, está mais na frente, depois de bater o seu companheiro de equipa por 6,8 segundos. Mikkelsen completou o pódio a 1m18,0s.
Quase que se podia dizer que foi um passeio dos homens da VW no Rali da Austrália. Mas isso não é verdade. Sem ordens de equipa e com carta branca para andar o mais depressa possível, Ogier e Latvala protagonizaram um confronto emocionante, com o finlandês a pressionar, e muito, o campeão do Mundo. No final, foi o francês quem levou a melhor, mas o rendimento de ambos demonstra que as forças de cada um estão mais equilibradas.
“Este ano não foi possível (alcançar uma vitória tão clara como em 2013, n.d.r.). O Jari-Matti esteve forte, mas eu sabia que hoje, se não cometesse erros, estaria numa boa posição para vencer. Tentei manter a concentração, andar mais depressa apenas onde estava limpo e ter cautela nas zonas mais traiçoeiras. Não foi uma vitória com uma grande margem mas o suficiente para triunfar. Foi um passo crucial para chegar ao título”, afirmou o piloto gaulês. O ponto chave para a sua conquista foi a segunda passagem pela maior especial da prova, quando fez uma escolha de pneus mais acertada do que Latvala e, de uma só vez, conquistou 13,4 segundos ao nórdico.
No terceiro lugar, Mikkelsen também não descansou. O norueguês só pôde controlar no último dia e por culpa de Kris Meeke. O quarto classificado discutiu o pódio taco a taco com o piloto nórdico até ao final de sábado. Mas uma curva cortada em demasia valeu-lhe uma penalização de 1m1,0s, o tempo necessário para baixar a quinto a 0,6s de Hirvonen. Os comissários consideraram que a manobra do piloto da Citroën foi um atalho no percurso. Como este assumiu o erro, perdeu a hipótese de chegar ao pódio mas manteve a oportunidade de recuperar o quarto lugar. Meeke não desperdiçou.
Mikko Hirvonen, em Ford, teve de se contentar com a quinta posição. Atrás ficou Hayden Paddon. O neozelandês faz apenas alguns ralis com a Hyundai e não perdeu a oportunidade de mostrar o seu valor no tipo de troços em que se dá tão bem. Apesar de ter ficado praticamente a um minuto do quinto posto, mostrou que é rápido o suficiente para sair da Austrália com o estatuto de melhor Hyundai.
Thierry Neuville, por sua vez, não estendeu o bom momento alcançado com a vitória na Alemanha e, desta vez, não conseguiu mais do que deixar o seu i20 WRC no oitavo posto. Certamente que os problemas de suspensão do seu carro logo no primeiro dia o limitaram bastante, mas ainda assim, o belga é o principal nome do construtor sul-coreano no WRC e não transpôs esses estatuto para a tabela classificativa. De seguida terminaram dois Ford, o segundo da M-Sport, pilotado por Elfyn Evans, e o Robert Kubica.
Tanto o galês como o polaco bateram Chris Atkinson no Hyundai i20. O australiano é outro dos pilotos que tem um programa limitado com a equipa oficial coreana e entrou para esta prova com o objectivo de obter um resultado que lhe permitisse conquistar espaço no seio da estrutura liderada por Michel Nandan. O décimo lugar absoluto e último entre os Hyundai não ajudam, certamente.
Nas contas do campeonato, Sébastien Ogier somou 27 pontos (25 da vitória mais dois do segundo tempo na Power Stage) e tem agora 214. O segundo continua a ser Latvala com 164, enquanto Mikkelsen está em terceiro com 125.
No WRC2, o triunfo na Austrália foi para Nasser Al-Attiyah, em Ford Fiesta RRC. O qatari bateu Jari Ketomaa, também em Ford, por uma diferença de quase 14 minutos. Yuri Protasov terminou em terceiro. Lorenzo Bertelli mantém a liderança após o quarto lugar, mas viu a concorrência aproximar-se bastante e tem, agora, a sua tarefa muito mais dificultada.