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Volvo V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription

Artigo
Volvo V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription

Visão geral
Marca:

Volvo

Modelo:

V90

Versão:

T6 PHEV Recharge AWD Inscription

Ano lançamento:

2021

Segmento:

Grandes familiares

Nº Portas:

5

Tracção:

Integral

Motor:

2.0 Híbrido

Pot. máx. (cv/rpm):

340/5500

Vel. máx. (km/h):

180

0-100 km/h (s):

5,9

Consumos (l/100 km):

1,7-2,7 (Combinado WLTP)

CO2 (g/km):

29-61 (Combinado WLTP)

Autonomia eléctrica (km):

51-61 (Combinado WLTP)

PVP (€):

74 534/83 335 (Unidade testada)

Gostámos

Preço mais competitivo face ao da versão de topo, Facilidade de utilização, Agrado de condução, Comportamento, Insonorização, Habitabilidade, Qualidade geral

A rever

Ausência de patilhas no volante para comando da transmissão, Tacto do pedal de travão, Conforto em mau piso

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Qualidade geral
9.0
Interior
9.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
6.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Fazendo jogo praticamente igual com a versão híbrida de topo com 390 cv, a nova Volvo V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription tem a seu favor um preço inferior em cerca de €3100, sem que tal implique qualquer concessão em termos de desempenho ou equipamento de série. O estilo, a qualidade, o requinte, a eficácia, as altas prestações e a eficiência energética, traduzida em óptimos consumos, fazem com que seja difícil encontrar verdadeiros defeitos nesta carrinha, tanto mais que até o posicionamento comercial é mais competitivo, mesmo sem deixá-la, propriamente, ao alcance de todas as bolsas

8.1
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O ensaio detalhado à V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription prova que prossegue a bom ritmo a electrificação da gama de modelos da Volvo. Trata-se da nova versão híbrida plug-in de acesso da carrinha de topo da marca nórdica, proposta que se distingue da sua irmã mais velha V90 T8 PHEV Recharge AWD, fundamentalmente, pelo menor rendimento do motor 2.0 a gasolina turbocomprimido, por aquilo que mais directamente se relaciona com o grupo motopropulsor, e, naturalmente, pelo preço mais acessível, já que quase tudo o resto é absolutamente idêntico nas duas variantes.

Por exemplo, no plano estilístico, não há alterações a registar que não seja o emblema T6 AWD Recharge aplicado no portão traseiro. Que é o mesmo que dizer que esta é uma carrinha de grande porte que continua a ser capaz de encantar, por dentro como por fora, e sobre a qual os anos não parecem passar, nem pesar, muito por culpa de um design na melhor tradição da escola nórdica, baseado em formas simples e que insiste em manter-se tão actual quanto atraente.

Estilo é o que continua a não faltar à carrinha de topo da Volvo, com a nova V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription a distinguir-se, no exterior, da versão híbrida plug-in mais potente da gama somente através do emblema colocado no portão traseiro

Estilo é o que continua a não faltar à carrinha de topo da Volvo, com a nova V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription a distinguir-se, no exterior, da versão híbrida plug-in mais potente da gama somente através do emblema colocado no portão traseiro

No interior pontifica, desde logo, uma qualidade geral acima de reparos de maior, tanto em termos de construção, como de montagem, e, ainda, de quase todos os materiais utilizados e respectivos acabamentos, o que muito ajuda à criação de um fantástico ambiente a bordo. O posto de condução é óptimo, a ergonomia excelente e a habitabilidade referencial para a classe, com o espaço destinado às pernas dos ocupantes do banco traseiro a não ficar atrás do oferecido por algumas berlinas do segmento superior.

Não obstante, há que salientar que a V90 T6 PHEV Recharge AWD não é a melhor das versões da gama para transportar um eventual terceiro passageiro atrás, dado que, como é típico das variantes híbridas plug-in desta família, o conforto ao mesmo oferecido é notoriamente reduzido face ao proporcionado pelas versões animadas apenas por um motor térmico. Isto porque montagem em posição longitudinal na plataforma da bateria de alta tensão obriga a que o túnel central posterior seja bastante mais volumoso.

O interior extremamente acolhedor continua a ser uma referência em termos de habitabilidade, primando, ainda, por uma qualidade geral de nível superior, a que se junta uma decoração que faz pleno jus à tradição nórdica nesta matéria

O interior extremamente acolhedor continua a ser uma referência em termos de habitabilidade, primando, ainda, por uma qualidade geral de nível superior, a que se junta uma decoração que faz pleno jus à tradição nórdica nesta matéria

Bateria que conta com uma capacidade de 11,6 kWh, e destina-se a alimentar o motor eléctrico com 88 cv e 240 Nm. Segundo a norma WLTP, e no ciclo combinado, garante à V90 T6 PHEV Recharge AWD uma autonomia de 51-61 km em modo de condução totalmente eléctrico, podendo ser recarregada em 3h00 numa tomada de 16 A, em 4h00 numa tomada de 10 A e em 8h00 numa tomada de 6 A.

Já o quatro cilindros de 1969 cc, com injecção directa de gasolina e dupla sobrealimentação (compressor mecânico do tipo Eaton a garantir a função até às 3000 rpm, turbocompressor a assumir a tarefa acima deste regime), é o elemento que marca verdadeiramente a diferença neste modelo. Por via de uma gestão electrónica específica, disponibiliza 253 cv/5500 rpm e 350 Nm/1700-5000 rpm, ou seja, menos 50 cv e menos 50 Nm do que na derivação utilizada na V90 T8 PHEV Recharge AWD, registando o rendimento combinado redução equivalente, “quedando-se” pelos 340 cv e 590 Nm. Inalterados mantêm-se a caixa automática de oito velocidades, e respectivo escalonamento, e o sistema de tracção integral.

Em termos práticos, e como adiante se demonstrará, esta diminuição do rendimento não acarreta consequências de maior para a V90 T6 PHEV Recharge AWD, com o grupo motopropulsor a não deixar de conjugar um desempenho de excelência, garantido por prestações de topo, uma autonomia eléctrica interessante e excelentes consumos, em especial quando feito bom uso da sua vertente eléctrica. A que se junta um funcionamento suave e silencioso, que assegura que mal se faça ouvir no habitáculo, predicado para que também contribui a boa insonorização.

Passando aos números, e praticando uma condução absolutamente convencional, sem preocupações excessivas com os consumos ou a autonomia, a “nossa” V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription conseguiu cumprir, em modo de condução totalmente eléctrico (disponível até aos 125 km/h), 41 km em estrada, 31 km em auto-estrada e 39 km em utilização urbana. Em cidade, é possível ampliar a autonomia eléctrica caso se dispensem cuidados extra à pressão exercida sobre o acelerador, e se optimize ao máximo a regeneração de energia, nomeadamente na aproximação a zonas em que é previsível uma redução significativa da velocidade a que se circula – seja antecipando o libertar do pedal da direita, seja fazendo bom uso da função “B” da transmissão (aumenta a intensidade da renegeração de energia em desaceleração, e só é pena que apenas esteja disponível através do selector de comando da caixa em cristal, já que não existem patilhas no volante para comando da mesma).

Daqui resultam consumos a que não é fácil ficar indiferente, tendo em conta o porte do modelo e a sua dotação mecânica, e em que as diferenças para os registados pela mais potente V90 T8 PHEV Recharge AWD são absolutamente desprezíveis. Ou seja, e com a bateria totalmente carregada, 4,1 l/100 km em estrada, 5,9 l/100 km em auto-estrada e 6,5 l/100 km em cidade. Fazendo uso apenas do motor térmico, os valores continuam a ser por demais convincentes: 5,6 l/100 km em estrada, 7,2 l/100 km em auto-estrada e 8,4 l/100 km em cidade.

Fazendo bom uso da vertente eléctrica, os consusmos são excelentes, e não deixam de convencer mesmo quando a propulsão é assegurada apenas pelo motor de combustão

Fazendo bom uso da vertente eléctrica, os consusmos são excelentes, e não deixam de convencer mesmo quando a propulsão é assegurada apenas pelo motor de combustão

Neste ponto merecerá a pena recordar os quatro modos de condução oferecidos ao utilizador, elegíveis através de um selector específico, colocado para o efeito na base da consola central: Constant AWD, Pure (100% eléctrico), Hybrid e Power. A que se juntam as funções Charge (o motor de combustão está permanentemente em funcionamento, para carregar a bateria) e Save (preserva a carga da bateria para utilização posterior, nomeadamente em zonas reservadas a veículos com emissões zero), estas seleccionáveis através do ecrã do sistema de infoentretenimento.

Voltando ao selector da caixa, algumas notas. A primeira para o facto de, em todos os modos de condução, excepto, naturalmente, no Pure, permitir comandar em sequência as oito relações de transmissão, mas obrigando a passar sempre pela posição “B” para chegar-se à selecção manual das mesmas, mesmo no modo Power, e estando estas disponíveis apenas em redução, já que o movimento oposto na alavanca leva sempre a transmissão a adoptar a posição “B”. Ao mesmo tempo, o formato do selector, e a inexistência de resistência ou impulso na respectiva operação, não fazem deste o elemento ideal para comandar manualmente a transmissão, dificultando a seleccão da relação pretendida sem que se desviem os olhos da estrada, algo que podia ser facilmente contornado através de algo tão simples como as patilhas no volante, que a Volvo teima em não disponibilizar.

À laia de compensação, em quase todas as circunstâncias, o grupo motopropulsor oferece uma excelente resposta, deveras poderosa, mesmo quando já não há carga na bateria para garantir a propulsão exclusivamente eléctrica, o que se traduz em soberbas acelerações e reprises, apenas cerca de 0,5 segundos mais lentas do que as oferecidas pela V90 T8 PHEV Recharge AWD, a não ser no quilómetro de arranque, em que a V90 T6 PHEV Recharge AWD foi cerca de 2,0 segundos mais lenta do que a sua irmã mais velha, quando por nós testada em finais de 2019 (saiba mais aqui). A explicação para tal reside, não na potência, mas no facto, de agora, e ao contrário do que então acontecia, os modelos da Volvo terem todos a sua velocidade máxima limitada a 180 km/h, valor que, no caso em apreço, é alcançado bastante antes dos primeiros mil metros percorridos, sendo, por isso, de supor que uma V90 T8 PHEV Recharge AWD actual registe perda equivalente no mesmo exercício…

Inegável é que, até aos referidos 180 km/h, impressiona o fulgor e a linearidade com que esta unidade motriz responde às solicitações do acelerador, e a facilidade com que é alcançada a velocidade máxima permitida. Único senão, e à semelhança do que acontece com outras propostas do género da casa de Gotemburgo, o atraso na resposta em solicitações mais intensas, quando seleccionado o modo Pure e se pretende activar automaticamente o modo híbrido através do acelerador, sendo, para tal, necessário vencer mola do kick down, já que, se assim não for, é notória a perda de velocidade, por exemplo, em subidas mais pronunciadas, dado que a mecânica só disponibiliza a potência máxima oferecida pelo motor eléctrico.

Muito fácil e agradável de conduzir, a nova Volvo V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription também oferece uma apreciável eficácia dinâmica, não obstante o acréscimo de peso ditado pela bateria de alta tensão. O conforto também está em bom plano, embora não seja soberbo em pisos mais degradados

Muito fácil e agradável de conduzir, a nova Volvo V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription também oferece uma apreciável eficácia dinâmica, não obstante o acréscimo de peso ditado pela bateria de alta tensão. O conforto também está em bom plano, embora não seja soberbo em pisos mais degradados

Trata-se, todavia, de algo que, mesmo exigindo alguma habituação, ou o recurso ao selector dos modos de condução, não chega para manchar o óptimo desempenho do veículo. O châssis, evoluído e bem afinado, é sinónimo de uma apreciável eficácia em curva, mesmo tendo em conta o extra de peso de cerca de centena e meia de quilogramas imposto pela bateria do sistema híbrido, e que o equipamento pneumático montado na unidade testada não era o mais performante. A melhorar, a direcção demasiado “leve”, inclusive no nodo Power, e um sistema de travagem que não merece reparos pela potência ou resistência à fadiga, mas cujo pedal merecia um tacto menos artificial, que não facilita a respectiva modulação, em especial nas solicitações mais intensas e exigentes.

Já o conforto, prioritário quando da definição do ajuste das suspensões, é bastante elevado na maioria das situações, mas menos convincente em mau piso, evidenciando estas alguma secura nas irregularidades mais acentuadas, porventura devido a uma afinação mais firme dos seus elementos elásticos, imposta pelo aumento do peso ditado pela bateria de alta tensão, e que se reflecte na comodidade de quem segue a bordo. Nada de extraordinário, é um facto, mas que acaba por fazer-se sentir, e que as opcionais jantes de 19” montadas da unidade ensaiada, revestidas por pneus de perfil mais reduzido do que os incluídos de série, acabam por tornar mais evidente.

Inquestionável é que, não obstante alguns pecadilhos, a nova V90 T6 PHEV Recharge AWD Inscription reúne um notável leque de atributos, cumprindo com brio e distinção a tarefa a que propõe, sendo, na prática, despiciendas as diferenças que regista para a versão mais potente. A não ser no preço, cerca de €3100 inferior para níveis de equipamento idênticos, e sem que estes registem alterações, sendo esta versão proposta por €74 534 (€83 335 no caso da unidade testada, devido aos vários opcionais instalados) – basicamente, o mesmo valor por que é possível adquirir a variante R-Design. A gama inclui ainda as opções R-Design Expression e Inscription Expression, um pouco menos equipadas, e ambas disponíveis por €71 090.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Encostos de cabeça dianteiros activos
Encostos de cabeça traseiros rebatíveis electricamente
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema Pilot Assist
Assistente à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de travagem autónoma de emergência com reconhecimento de peões e ciclistas
Alerta de piso escorregadio
Assistente aos arranques em plano inclinado
Selector de modos de condução
Travão de estacionamento eléctrico
Cruise control adaptativo+limitador de velocidade
Acesso+arranque sem chave
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Painel de instrumentos digital de 12,3″
Bancos em pele
Bancos dianteiros com regulação eléctrica (incluindo apoio lombar e extensão do assento)
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante multifunções em pele, regulável em altura+profundidade
Alavanca de comando da caixa em cristal
Sistema multimédia com rádio digital DAB/leitor de mp3+tomadas 2xUSB
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Direcção com assistência eléctrica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisor exteriores+interior electrocromáticos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Cortinas laterais traseiras
Sensor de luz+chuva
Assistente de máximos
Sensores de estacionamento traseiros
Portão traseiro eléctrico
Faróis por LED
Faróis de nevoeiro
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 18″
Kit de reparação de furos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus

Pintura exterior Birch Cristal (€1027)
Pack Driver Assist (€615 – inclui: sistema de monitorização do ângulo morto; alerta de tráfego cruzado pela traseira; alerta de colisão traseira)
Pack Climate (€517 – inclui: bancos dianteiros aquecidos; volante aquecido; agulhetas do limpa pára-brisas aquecidas)
Pack Lounge  (€4465 – inclui: câmara panorâmica de 360°; sensores de estacionamento dianteiros+traseiros; head-up display; tecto de abrir panorâmico; ar condicionado de quatro zonas com purificador do ar; sistema de som Harman Kardon com 14 altifalantes e 600 Watt)
Fecho de segurança eléctrico das portas traseiras (€111)
Vidros traseiros escurecidos (€461)
Banco de criança integrado (€308)
Jantes de liga leve de 19" (€923)

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Sobre o autor
zyrgon