Volvo XC40 D3 Momentum
Volvo
XC40
XD3 Momentum
2018
SUV
5
Dianteira
2.0 Diesel
150/3750
200
9,9
4,4/4,8/5,5
(Extra-urbano/Combinado/Urbano)
127
42 669/49 396 (Unidade testada)
Conforto, Qualidade geral, Consumos, Facilidade de condução, Posicionamento comercial, Imagem
Acesso aos lugares posteriores, Visibilidade traseira
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 200 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 10,6 |
0-400 m | 17,7 |
0-1000 m | 31,6 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 4ª | 7,2 |
Em 5ª | 11,1 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 5ª | 10,9 |
Em 6ª | 15,3 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 36,7 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 3,9 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,8 |
Cidade | 6,7 |
Média ponderada (*) | 5,96 |
Autonomia média ponderada (km) | 906 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1420 |
Largura atrás | 1420 |
Comprimento à frente | 1090 |
Comprimento atrás | 740 |
Altura à frente | 990 |
Altura atrás | 955 |
Com a chegada do XC40, completa-se a nova família de SUV da Volvo, que se foi desenvolvendo como “de cima para baixo”: primeiro foi lançado o XC90, com a sua inédita plataforma SPA, a mesma que serviu de base ao XC60 (e, também, aos S90/V90 e S60/V60), chegando, por fim, ao mercado o modelo mais acessível. Também ele, por sinal, a merecer honras de estreia de uma plataforma modular : a CMA, de que derivará, ainda, o futuro V40, bem como outros modelos do universo do grupo chinês Geely, a que a Volvo pertence desde 2010, e que está já preparada para a electrificação, podendo receber não só os actuais motores de três e quatro cilindros térmicos, como as futuras motorizações hibridas plug-in.
Aqui em analise está uma das suas mais variantes mais interessantes para Portugal: o XC40 D3 Momentum, animado pelo motor turbodiesel de 150 cv e dotada do nível de equipamento intermédio da gama. Primeiro impacto positivo causado pelo novo SUV compacto sueco: a estética. Como não podia deixar de ser, é fácil identificar diversos elementos muito similares aos conhecidos dos seus irmãos mais velhos, da mesma forma que seria inevitável que, logo num primeiro olhar, o modelo fosse identificado como um Volvo dos tempos modernos.
Mas nem por isso o XC40 deixa de contar com uma personalidade bastante vincada, com a sua identidade própria a ser-lhe assegurada por soluções como o sobredimensionado pilar traseiro de desenho exclusivo, ou uma silhueta inequivocamente mais dinâmica e desportiva do que as dos XC90 e XC60. A combinação cromática da unidade ensaiada dificilmente será consensual, mas há que reconhecer que o impacto causado na maioria não é de somenos, e que fez as delícias de muitas das senhoras que com ela se cruzaram.
Uma vez no habitáculo, a proximidade do XC40 face aos seus irmãos de gama é substancialmente maior e, como tal, mais evidente, mormente em termos de decoração e disposição dos seus vários componentes. O nível de qualidade exibida também não é tão nobre, mas sem que isso signifique um menor cuidado da Volvo para com esta matéria, já que, para o segmento em que se insere, o modelo situa-se em posição cimeira no que
à escolha dos materiais, ao rigor dos acabamentos e à solidez da construção diz respeito, não enjeitando a comparação com qualquer potencial rival, por reputado que seja neste particular.
Para mais, o espaço disponível interiormente é mesmo um dos melhores da classe, inclusive no que ao espaço para pernas diz respeito, sendo que até o lugar central traseiro é mais acolhedor e utilizável do que na maioria dos seus concorrentes, por via de um túnel de transmissão menos intrusivo do que o habitual. Pena que o já referido pilar traseiro de generosas dimensões implique um acesso a estes lugares aquém do ideal, bem como uma visibilidade traseira perfectível, e que os bancos traseiros sejam tão menos envolventes e confortáveis do que os dianteiros.
A bagageira, essa, está apenas dentro da média da classe em termos de volumetria, e se não compromete, também está longe de ser uma referência. A seu favor tem, contudo, um plano de carga horizontal e suficientemente baixo para que as operações de carga e descarga sejam fáceis de executar, um compartimento com formas regulares, que propicia uma correcto arrumação dos objetos a transportar, e um alçapão sob o piso que permite aí acomodar alguns volumes extra.
Acima de grandes reparos está aposição de condução: mais alta do que o tradicional, como se espera de um SUV, mas não demasiado, é bastante envolvente e beneficia, ainda, da evoluída ergonomia, das múltiplas regulações do volante e do muito confortável e acolhedor banco, e do correcto posicionamento relativo entre estes elementos, a pedaleira e alavanca de comando da caixa de velocidades. O sistema de bordo conta com um painel de instrumentos totalmente digital e amplamente configurável, e o acesso à muita informação disponibilizada é feito de forma fácil e rápida, seja através do próprio painel instrumentos, seja do ecrã táctil de 9” de comando do sistema de infoentretenimento Sensus, do tipo tablet e colocado na vertical, como é já da praxe na Volvo.
Pressionado o botão da ignição, e sob o capot acorda o conhecido quatro cilindros em inha turbodiesel da Volvo, aqui na sua derivação de 150 cv e 320 Nm. Uma unidade que, não fazendo do XC40 D3, propriamente, um velocista, pode afirmar-se que é mais do que suficiente para a maioria das exigências que é legítimo impor a um SUV com estas características: prestações muito aceitáveis, resposta convincente na generalidade das situações, consumos extremamente apelativos. E se o silêncio de funcionamento nunca foi um dos principais atributos deste propulsor, há que reconhecer, e enaltecer, o bom trabalho levado a cabo pelos técnicos da marca de Gotemburgo em termos de isolamento do habitáculo, capaz de garantir que, as mais das vezes, a unidade motriz passa despercebida a quem segue a bordo, a não ser nas solicitações mais exigentes, de maior carga ou a regimes mais elevados.
Com este motor combina-se, de série, uma caixa manual se seis velocidades suave, precisa e bem escalonada, que não necessita de ser excessivamente longa, nem de obrigar a um recurso permanente em percursos com maiores variações de velocidade, como seja em ambiente urbano, para assegurar a desejada frugalidade ao nível dos consumos, acabando por ser um elemento decisivo para o bom resultado final obtido no plano dinâmico. Claro que também existe, como opção, uma caixa automática de oito relações, mas que aumenta em cerca de €2400 o valor final da factura…
Ainda mais convincente do que a mecânica é o comportamento dinâmico do XC40, com a Volvo a optar, aqui, por uma filosofia muito inteligente, tendo em conta o tipo de veículo em questão, e o que dele esperará a maioria dos seus potenciais clientes, em que se conjugam um conforto de marcha notável, um inquestionável agrado de condução e uma enorme sensação de segurança. Com a afinação do châssis visando, nitidamente, facilitar a tarefa de quem segue atrás do volante, o XC40 D3, não obstante não enjeitar ritmos mais dinâmicos, conta com uma suspensão absorve com competência a generalidade das irregularidades, e nunca surpreende o condutor com reações inesperadas ou de difícil controlo, do que resulta uma atitude sempre muito neutra em curva e uma utilização deveras refinada.
Por outro lado, e por dispor apenas de tracção dianteira, esta não será a versão do XC40 mais vocacionada para aventuras fora de estrada, mas não por falta de altura ao solo, pois os 211 mm disponíveis chegam e sobram para enveredar por outros caminhos que não o asfalto. Se assim for, sublinhe-se que o conforto continua a ser soberbo, embora haja que ter em atenção a dificuldade dos obstáculos que seja necessário superar, dado que progressão depende, essencialmente, da transmissão e de um equipamento pneumático de vocação iminentemente estradista.
Tudo somado, não há como renegar que o novo XC40 D3 Momentum é mesmo um dos mais interessantes modelos do momento no segmento dos SUV compactos de prestígios, prometendo dar sérias dores de cabeça à concorrência, e contribuir de forma decisiva, como dele se espera, para que a Volvo possa alcançar outros patamares em termos de vendas. Além de ser classificado como Classe 1 nas portagens nacionais, até tem a seu favor um posicionamento comercial bastante competitivo, custando menos de 43 mil euros na versão em análise, já dotada de um equipamento de série muito interessante, mas estando disponíveis por pouco mais de 40 mil euros na versão Diesel de acesso, obviamente menos equipada. Sendo que até os extras são propostos em pacotes de equipamento, também eles, disponibilizados por valores muito interessantes.
Motor | |
Tipo | 4 cil. em linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1969 |
Diâmetro x curso (mm) | 82,0×93,2 |
Taxa de compressão | 16,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 150/3750 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 320/1750-3000 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4425/1863/1652 |
Distância entre eixos (mm) | 2702 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1601/1626 |
Jantes – pneus | 8Jx19″ – 235/55 (Michelin Primacy 4) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1733 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 11,55 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 460-1336/54 |
Transmissão | |
Tracção | Dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 11,4 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (345) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (302) |
Suspensões | |
Dianteira | MacPherson |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Aptidões TT | |
Ângulos de ataque/saída/ventral (º) | 21,7/30,4/21,9 |
Inclinação lateral máx./pendente máx.(º) | n.d./n.d. |
Altura ao solo/passagem a vau (mm) | 211/450 |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 2 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 12 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Sistema de travagem autónoma de emergência com reconhecimento de peões
Assistente à manutenção na faixa de rodagem
Assistente aos arranques em subida
Controlo automático de descidas (HDC)
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Painel de instrumentos digital de 12,3″
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Banco do condutor com regulação eléctrica do apoio lombar
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante multifunções em pele, regulável em altura+profundidade
Sistema multimédia com ecrã táctil de 9" e tomada USB
Mãos-livres Bluetooth
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Cruise control+limitador de velocidade
Aplicações em alumínio
Sensor de chuva
Sensores de estacionamento traseiros
Ópticas dianteiras por LED
Barras de tejadilho cromadas
Jantes de liga leve de 18″
Kit de reparação de furos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Tejadilho com pintura branca contrastante (€554)
Estofos em couro (€1230)
Pack Connect (€443 – inclui: integração de smartphone com porta USB; carregamento por indução para smartphones)
Pack Park Assist Pro (€1107 – inclui: espelhos retrovisores exteriores rebatíveis electricamente; espelhos retrovisores interior e exteriores electrocromáticos; sensores de estacionamento FR/TR; câmara de estacionamento traseira)
Pack Versatility Pro (€1058 – inclui: rede de protecção de carga da bagageira; suporte de mercearias; bancos traseiros rebatíveis electricamente; gaveta sob o banco do condutor; portão traseiro eléctrico; tomada de 12 Volt na bagageira; acesso+arranque sem chave)
Pack Business Pro (€1476 – inclui: sistema de navegação; sistema de som Harman Kardon)
Fecho de segurança eléctrico das portas traseiras (€86)
Roda suplente de emergência (€98)