Volvo XC60 D4 Inscription
Volvo
XC60
D4 Inscription
2017
SUV
5
Integral
2.0 Diesel
190/4250
205
8,4
136
61 064/78 382
Qualidade geral, Segurança activa, Design interior e exterior, Habitabilidade, Equipamento de série, Desempenho dinâmico competente
Preço, Conforto em mau piso, Consumos em cidade
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 205 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 8,6 |
0-400 m | 16,1 |
0-1000 m | 29,8 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 5,1 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 6,5 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 37,0 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 5,8 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 6,6 |
Cidade | 8,8 |
Média ponderada (*) | 7,76 |
Autonomia média ponderada (km) | 773 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1480 |
Largura atrás | 1450 |
Comprimento à frente | 1200 |
Comprimento atrás | 770 |
Altura à frente | 950 |
Altura atrás | 960 |
É o terceiro novo modelo integrado na reformulação total que a Volvo está a operar na sua oferta, e também o último a fazer uso da plataforma modular SPA, depois dos XC90 e S90/V90, embora aqui com uma distância entre eixos 120 mm mais curta – ainda assim, com 2865 mm, das mais generosas para o segmento em que se insere. Cumpre-lhe, ainda, honrar os pergaminhos do seu antecessor, um automóvel que dominou as vendas, a nível europeu, da classe dos SUV premium de médio porte, tendo conquistado mais de um milhão de clientes ao longo da sua carreira.
Para o conseguir, a marca sueca operou na nova geração do XC60 uma extraordinária evolução em todos domínios. O mais imediatamente identificável, o da estética, extremamente apelativa, e seguramente distinta da via seguida pelos seus principais concorrentes, combinando elementos que de imediato se dientificam com a mais recente linguagem visual da Volvo, mormente os já célebres faróis dianteiros na forma de um “T” deitado, com outro evocativos do seu predecessor, como os farolins traseiros. Apesar do aumento da largura e do comprimento, o novo XC60 é, contudo, mais baixo do que o anterior, o que contribui de forma decisiva para a sua aparência distinta e elegante.
Porventura ainda mais deslumbrante é o habitáculo, dominado por um ambiente requintado, refinado e de muita qualidade, que muito pouco fica a dever ao conhecido do XC90. Mesmo nos lugares mais recônditos quase sempre se encontram plásticos macios, o que não só é raro a este nível, como, face ao segmento em que se insere, coloca o XC60 num patamar ainda mais destacado face à concorrência do que o SUV de topo da casa nórdica.
Mas há mais o que torna o interior deveras encantador. Também aqui, o XC60 segue o seu próprio caminho, demarcando-se dos seus principais rivais, sendo merecedores de destaque a primorosa decoração, e a luminosidade e jovialidade interiores, factores decisivos para o inquestionável bem estar que se vive a bordo do modelo.
Ao mesmo tempo, a habitabilidade é das mais amplas do segmento, inclusive atrás, se bem que, aí, o ideal seja transportar não mais do que dois ocupantes, já que a comodidade de um eventual terceiro passageiro traseiro acaba por ser condicionada pela presença do túnel de transmissão – algo que também já não é novo neste género de proposta. Quanto à bagageira, a sua capacidade de 505 litros não é mais do que razoável, além de que não oferece espaços extra para arrumação sob o piso ou nas laterais, nem sequer manípulos para rebatimento à distância do banco traseiro, algo que já vai sendo comum em modelos de preço bem mais acessível. A propósito de rebatimento do banco posterior, também importa referir a ausência de um local para alojar a chapleira quando removida, obrigando-a a que esta fica para trás, ou ande solta no compartimento de bagagens, sempre que se pretende fazer uso da sua máxima capacidade.
A posição de condução, essa, é simplesmente soberba, além de que os opcionais bancos multireguláveis montados na unidade ensaiada são de uma comodidade absoluta. Sinal mais também para o facto de, no novo XC60, não ser preciso aceder à versão R-Design para contar com as patilhas de comando da caixa no volante, assim como para a soberba leitura do painel de instrumentos digital. A par de uma ergonomia de eleição, o tablet colocado na vertical, ao centro do tablier, para comando do sistema de infoentretenimento, continua a ser uma das melhores soluções do mercado neste particular.
Tudo a postos, então, para o início da experiência de condução a bordo do novo XC90 D4, a versão mais interessante da gama para o nosso país, pelo menos até à chegada da variante de tracção dianteira e 150 cv. No caso em apreço, a tracção integral é obrigatória, estando sob a capot o único motor turbodiedel da gama, aqui na sua derivação de 190 cv e 400 Nm, existindo ainda uma outra com turbocompressor de geometria variável e sistema POwer Pulse, capaz de render 235 cv e 480 Nm. Em qualquer dos casos, a caixa é sempre automática de oito velocidades.
Vigoroso e com uma resposta pronta em praticamente todos os regimes, o motor D4 não só é bastante suave e silencioso q.b., como garnate prestações muito interessantes, até pelo peso inferior do XC60 face ao do XC90. Os consumos, esses, são razoáveis a velocidades estabilizadas, e dentro dos estipulado pelos limites legais, não tanto em cidade, ou quando de adoptam rimos mais intensos em percursos com maiores variações de velocidade.
Como noutros modelos da Volvo, no XC60 D4 o condutor pode optar entre quatro modos de condução – Eco, Comfort, Off Road e Dynamic –, que alteram a resposta do acelerador, da caixa e da direcção. Em asfalto liso, o comportamento é bastante competente, primando pela elevada estabilidade a alta velocidade, e por uma honestidade de reacções inquestionável. Mas não é, propriamente, o mais desportivo (a própria Volvo assumiu desde o início a sua opção nesta matéria), antes transmitindo uma sensação de grande segurança a quem o conduz, por com o condutor a sentir a todo o momento que tem tudo sob controlo, apostando mais na serenidade do que da diversão ou na pura eficácia – e até o sistema de tracção integral, com embraiagem Haldex central (capaz de enviar até 50% do binário para o eixo traseiro) foi afinado nesse sentido.
Fora de estrada, mais do que a altura ao solo de 216 mm, o que mais condiciona o XC60 D4, com o nível de equipamento Inscription, são as opcionais jantes de 20” com pneus de baixo perfil montadas na unidade ensaiada, e, principalmente, os ângulos de ataque e de saída limitados pelo formato dos pára-choques. Ainda assim, evolui com relativa facilidade em pisos que não o asfalto, com a tracção integral e a electrónica a darem uma ajuda, desde que se lhe não exija demasiado.
Algo surpreendente, para mais num automóvel que coloca o agrado de de condução acima da eficácia pura em utilização desportiva, é o conforto algo condicionado tanto pelas referidas jantes, como por uma afinação de suspensão mais firme do que o esperado. Não que seja desconfortável, mas também não consegue que aqueles ressaltos que surgem de forma inesperada (tampas de esgoto mais salientes, por exemplo) passem, propriamente, despercebidas aos ocupantes – bem pelo contrário.
Capítulo em que o novo XC60 faz pleno jus aos pergaminhos do seu construtor é no da segurança. Em especial a chamada segurança activa, em que é a referência incontestada da classe, desde logo por oferecer de série o evoluído sistema City Safety – além do alerta de colisão de da travagem autónoma de emergência, em caso de embate iminente, também tira a folga dos cintos, e até actua sobre a direcção para evitar a colisão (função que é também utilizada para evitar potenciais embates frontais e manter o veículo na faixa de rodagem. Do leque de opções nesta matéria é imperioso referir o cruise control adaptativo com função Pilot Assist (na essência, um já bastante desenvolvido sistema de condução autónoma, que só não o é mais por não permitir que as mãos estejam fora do volante se não por alguns segundos).
Não subsistem, assim grandes dúvidas quanto à valia do novo XC60, tanto pelo progresso que regista face ao seu antecessor, como quando comparado com os seus opositores. A questão é que, na Suécia, como em qualquer latitude, a qualidade é algo por que se tem que pagar, e o modelo também está longe de ser dos mais acessíveis, custando 61 064 na versão em apreço, a mais equipada da gama, mas com o preço a aproximar-se dos 80 mil euros na unidade ensaiada. A laia de compensação, vale-lhe o facto de ser considerado Classe 1, em qualquer das suas variantes, nas portagens nacionais, o que não é trunfo de somenos.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1969 |
Diâmetro x curso (mm) | 82,0×93,2 |
Taxa de compressão | 15,8:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 190/4250 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 400/1750-2500 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | 2xturbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4688/1902/1658 |
Distância entre eixos (mm) | 2865 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1649/1653 |
Jantes – pneus (série) | 9Jx19″ – 235/55 |
Jantes – pneus (instalados) | 9 1/2Jx20″ – 255/45 (Michelin Latitude Sport) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1836 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 9,66 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 505-1432/60 |
Transmissão | |
Tracção | integral |
Caixa de velocidades | automática de 8+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência electrohidráulica |
Diâmetro de viragem (m) | 11,4 |
Travões | |
Tipo | cremalheira com assistência electrohidráulica |
Diâmetro de viragem (m) | 11,4 |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, com triângulos sobrepostos |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Aptidões TT | |
Ângulos de ataque/saída/ventral (º) | 23,1/25,5/20,8 |
Inclinação lateral máx./pendente máx.(º) | n.d./n.d. |
Altura ao solo/passagem a vau (mm) | 216/400 |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Alerta de saída de faixa de rodagem
Sistema de travagem autónoma de emergência com reconhecimento de peões
Assistente aos arranques em subida
Controlo automático de descidas (HDC)
Selector de modos de condução
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Painel de instrumentos digital de 12,3″
Bancos em pele
Banco do condutor com regulação eléctrica
Bancos dianteiros com extensão manual do apoio de pernas
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante multifunções em pele, regulável em altura+profundidade
Sistema multimédia com tomada USB
Mãos-livres Bluetooth
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Cruise control+limitador de velocidade
Sensor de chuva
Ópticas dianteiras por LED
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 19″
Kit de reparação de furos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pintura metalizada (€959)
Pack IntelliSafe Pro (€1685 – inclui: cruise control adaptativo; monitorização do ângulo morto)
Pack Light (€1046 – inclui: faróis de nevoeiro; lava-faróis; espelhos retrovisores interior e exteriores electrocromáticos; ópticas por LED High)
Pack Winter (€369 – inclui: bancos dianteiros aquecidos; limpa pára-brisas aquecidos)
Pack Xenium Pro (€3444 – inclui: ar condicionado quatro zonas; tecto panorâmico eléctrico; inserções em pele no tablier)
Pack Business Connect Pro (€1956 – inclui: sistema de navegação; Volvo On Call; integração smartphone com ligação USB)
Pack Luxury Seats (€2189 – inclui: banco do passageiro dianteiro com regulação eléctrica; apoio lateral e extensão para as pernas dos bancos dianteiros com regulação eléctrica)
Pack Versatility II (€935 – inclui: rede de protecção de carga da bagageira; portão traseiro eléctrico)
Fecho de segurança eléctrico das portas traseiras (€98)
Volante desportivo (€123)
Patilhas de comando da caixa no volante (€166)
Sistema de som Bowers and Wilkins (€3075)
Sensores de estacionamento FR+TR (€418)
Porta luvas com trancamento (€25)
Roda suplente de emergência (€92)
Jantes de liga leve de 20″ com pneus 255/45 (€738)